Uma cidade ao sul de Moscou, acho um Teatro.

              Tarde de sexta-feira, dia 26 de Março de 2010.

Nesta cidade estou eu, 

aqui o meu és tudo, 

tudo que tenho, tudo que sonho, 

assim estou eu!

Sujo e sórdido vasculho minha mente 

atrás de um começo brilhante enquanto flui o resto de mim procurando a próxima rua, 

o próximo verso, a próxima linha, 

procuro por ti, por sua luz, por seu sorriso, 

rua por rua procuro, entrando num novo verso procuro a próxima entrada uma nova saída! 

Tu bela menina se esconde, aparece quando quer, 

quando quer se esconde, mas os versos fluem de um extremo ao outro nessa cidade sóbria e ardida.

De Sul a Norte encontro tinta, 

de Leste a oeste a folha se desliza por entre as linhas 

entrelinhas que dizem onde estou, onde estás, onde estás? 

E aqui aproveito e colho a rosa dos ventos, dou-lhe ao vento, 

e dos ventos ganho uma bússola, descubro seu labirinto, 

acredito na direção das estrelas e vejo a rua em que está sua beleza, 

olho para frente e vejo na torre seu brilho, 

a praça principal cria a áurea perfeita, e o sol nasce por entre a torre, 

e a cidade que estou na verdade não passa de uma...  

                             amanheceu o dia, vou trabalhar!

de um Vick que não conhecia.